A moda pode ser definida como a frequência da aparição de um modelo específico de comportamento. Dentro de uma análise social, frequentemente se relaciona ao modo de se vestir, com a escolha de elementos que constroem esse universo. O desenvolvimento dessa construção tomou grandes proporções, por ser atribuído a trazer sensações de poder e status, criando assim um dos maiores pilares econômicos atuais.
A indústria da moda é responsável por 8% da emissão de gás carbônico na atmosfera, ficando atrás apenas do setor petrolífero. Esse dado permite levantar uma problemática, que existe por trás de toda luxúria envolvendo o mundo fashion, sua relação com o meio ambiente. Além da emissão de gases, o lixo resultante do descarte, tanto de dejetos do processo da produção quanto de roupas em perfeito estado, causa acúmulo e degradação dos espaços naturais.
Se tem como exemplo, a recente polêmica do Deserto do Atacama, um importante patrimônio da humanidade. O amontoado de roupas é formado por sobras do “fast fashion”, a moda rápida produzida para ser usada e jogada fora em poucos dias. A loja online Shein, que se popularizou pelo baixo custo, diversidade de peças dentro do padrão atual e a rápida entrega dos produtos, é um tipo de negócio dessa categoria.
Contudo, para solucionar essa questão, a tomada de consciência de hábitos consumistas é um caminho. Entender que o desejo de se ter, às vezes não é uma necessidade ou um desejo inerente pessoal, mas influenciado pelo padrão midiático contemporâneo. Assim, um meio de aplicar essa conscientização, é comprando em brechós ou customizando peças em bom estado, como a tendência de transformar chuteiras não utilizadas em croppeds.